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terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Presidente do Conselho Penitenciário do Ceará diz que transferências de presos fortalecem poder das facções

Cláudio Justa afirma que Estado do Ceará é incapaz de realizar uma custódia prisional com segurança Justa concedeu entrevista ao vivo, hoje, ao "Ceará News", na Rede Plus de Rádio FM


“Ao realizar as transferências para separar os presos em presídios, por facção, o  Estado faz uma declaração de que não tem capacidade para impedir a ocorrência de um levante e de assassinatos dentro dos presídios. Isso reforça, simbolicamente, o poder das facções”.
A declaração foi feita pelo presidente do Conselho Penitenciário do Estado do Ceará, advogado Cláudio Justa, em entrevista, exclusiva, ao programa “Ceará News”, da Rede Plus de Rádio FM, na manhã desta terça-feira (17).  Segundo ele, os atos de selvageria eclodem dentro dos presídios por conta da vulnerabilidade de sua estrutura e do baixo efetivo de agentes penitenciários por unidade.
“No momento em que o Estado separa (os presos) ele está dizendo: “não tenho como impedir as mortes, e não vamos correr o risco de um conflito de facções aqui”.
Tráfico e mortes
Para o presidente do Conselho, o poder das facções  vai além dos muros das cadeias. “A ordem externa é cumprida imediatamente dentro dos presídios. As facções são verdadeiras grandes empresas do tráfico de drogas e suas ordens aqui fora  repercutem imediatamente dentro do Sistema Penal”.
Segundo Justa, o Sistema Penal do Ceará demonstra “não ter capacidade para operacionalizar uma custódia com segurança. E isto reforça as facções porque elas entendem que, dessa forma,  o Estado está dizendo que não tem o controle do sistema, que o Estado está frágil e que é fraco”.



Por FERNANDO RIBEIRO 

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